segunda-feira, 4 de junho de 2007


Estive pensando novamente esses dias sobre trabalho, realização, vontades, vocações, confusões, encontros, desencontros, achados, perdidos e semi encontrados na multidão. Alguns erros de caligrafia, erros no caminho, esquerdas duvidosas e direitas rápidas demais. Daí então pensei em algo realmente significante, algo real, como uma árvora, daquelas de grossos galhos e profundas raízes duras, que nao levam a lugar nenhum, só ao mesmo lugar, uma retroalimentação eterna da própria morte; e também pensei no vento, de suas voltas e suas revoluções, pensei em quem os correga e que os impede, quem os faz frio ou quente . Lembrei das pessoas e das verdades veladas que elas contam, das mentiram que elas acreditam e nas verdades em que elas se seguram. Nas falsidades e mentiras, nas desigualdades e nas verdades históricas de que tão mentiradas se tornaram secas verdades, promíscuas. Mas então decidi lembrar da linha da vida, voltar pro fluxo que temos, aquele nos leva ao fim sem sentirmos, com vento seco e quente e vai levando na lábia, doce e de lado.
Li uma poesia de Mario Quintana super simples mas que diz muita coisa e queria dividir.

Das Utopias


Se as coisas são inatingíveis... ora!

Não é motivo para não querê-las...

Que tristes os caminhos, se não fora

A presença distante das estrelas


Mario Quintana



Boa semana

5 comentários:

Pedro Lago disse...

Meu caro, o que seria do mundo sem a Utopia? A Utopia é a perfeição que temos que almejar, sem ela, não há perspectiva na vida. Como andar num deserto, você olha para o horizonte e vê um oasis, sabe que é uma miragem, mas opta por tentar alcança-la, então, no meio do caminho você acha uma fonte. Quem vive sem Utopia não sabe o que é ser feliz!

soft disse...

Gaúcho como eu, Mario Quintana um homem de verdade, que fez sua história e apagou-a sempre que necessário. Completo o teu post com mais Mario especial:

"Eles passarão... Eu passarinho"

(Maurício, penso muito sobre o vento e de onde ele vem, como ele chega, e pq ele vai. Gosto da idéia de força invisível. Vou pensar mais sobre isso...)

João Paulo disse...

belos textos!!!
e o frio... é inspirador!

Unknown disse...

Interessante... Eu já havia me questionado de forma semelhante sobre o vento, e sobre outro fenômenos invisíveis que aguçam os nossos sentidos. Vou te visitar mais vezes.

NAUTAWEB disse...

Achei o quadro muito lindo
as cores a surealidade da cena
poxa me fala onde vc consegui???